Não há nada mais chato do que se matar fazendo uma infinidade de manobras para entrar em sua garagem. E ter que mudar um trajeto, só para não ficar entalado naquela lombada gigantesca com seu carro rebaixado? Definitivamente, irritante! Parece que será mais fácil criarem carros voadores, que levitam sobre o piso, do que arrumarem nossas ruas...
Enquanto isso não acontece, existem os sistemas de suspensão a ar, que permitem infinitas variações de altura ao simples toque de botões. Porém, para quem procura performance elevada, as molas helicoidais ainda garantem desempenho superior.
Claro que sistemas a ar são estáveis. Mas eles só funcionam perfeitamente com pressão determinada ou combinados a amortecedores eletrônicos — aqueles com regulagem de carga constante.
O que ocorre é que uma bolsa de ar tem carga diferente a cada pressão empregada. Vazia, ela é mole demais. Cheia, fica muito dura. Além disso, ela não é linear. Conforme a força aplicada, como a transferência de peso do carro em uma curva, sua carga aumenta ou diminui radicalmente. Como um amortecedor convencional é desenvolvido baseando-se em determinada carga linear, as pressões variadas nas bolsas impedem o funcionamento adequado do componente.
Molas helicoidais têm carga linear, constante, mesmo que sejam progressivas. Por isso, são utilizadas quando o objetivo é rendimento pleno. Ou você vê carros de corrida com bolsas de ar o tempo todo?
Apesar da boa performance, o maior problema das suspensões de rosca, para circular por nossas ruas, é que não dá para parar o carro e ficar rosqueando os pratos a cada obstáculo encontrado. Analisando todos estes inconvenientes, duas empresas nacionais desenvolveram sistemas de rosca com regulagem de altura por controle remoto. Estes novos conjuntos foram batizados de “suspensões eletrônicas”.
A idéia da Castor Suspensões, de Jundiaí (SP), e da Tebão Amortecedores, de Santo André (SP), é de unir as vantagens dos dois sistemas reguláveis em altura. Performance de “rosca” com praticidade das “a ar”. Apesar de soluções diversas no mecanismo de elevação dos pratos — engrenagens de nylon nas Castor e metálicas nas Tebão —, a operação de ambas é idêntica: por controle remoto similar ao de uma suspensão a ar, independente para cada roda. Os dois fabricantes garantem que cada um dos atuadores elétricos de 12 V levantam mais de uma tonelada com folga e que, em 40 segundos, o carro equipado com uma “eletrônica” sobe ou desce completamente. Finalmente, uma solução para evitar encalhes urbanos!
