Retirado do Globo.
Américas vira pista de ‘CENSURADO’
Por Gabriela Temer
gtemer@oglobo.com.br
A dub (denominação dada aos carros rebaixados e com motor turbinado) na Barra. Como se não bastasse ser a segunda via com maior índice de acidentes no município, a Avenida das Américas converteu-se agora também em palco para “rachas” de carros.
Um destes encontros aconteceu semana passada, na Avenida das Américas, no Recreio, e reuniu cerca de 70 pessoas e 20 carros rebaixados. Um dos veículos apresentava placa fora de padrão do Detran, conseguida numa loja de equipamentos para carros, segundo revelaram os motoristas. O evento foi divulgado pela internet e, segundo Marcos Vinícius, um dos organizadores, o objetivo seria apenas reunir amigos.
Embora na web os promotores desencorajem os pegas, na prática não é isso o que acontece. No encontro de quinta-feira, por volta das 22h, alguns dos participantes promoviam “rachas” na Avenida das Américas, quando a via ainda estava movimentada, como flagrou uma equipe do GLOBO-Barra. Disputas que começam no site, e acabam nas ruas, também terminam com baderna e corrida.
— A gente se encontra para fazer social. Mas sempre tem um que zoa o outro, dá uma carburada, pisca o alerta para o outro. Aí a gente já sabe que o cara quer correr — explica Vinícius.
Dados do Corpo de Bombeiros colocam a Avenida das Américas no nada honroso segundo lugar entre as vias mais perigosas do município, com 444 acidentes registrados em 2003, atrás apenas da Avenida Brasil. O ranking se repete ano após ano, e reflete acidentes como o provocado em 2001 por dois jovens durante um pega. Eles atingiram o carro de Pedro Neder Giancristoforo, de 25 anos, que voltava da faculdade. O estudante sofreu traumatismo craniano e entrou em coma. O encontro da semana passada não teve o mesmo desfecho. Mas, apesar do perigo, a iniciativa não foi coibida pelas autoridades. Policiais do 31 BPM foram ao local, mas nenhum documento foi retido. Procurado pelo GLOBO-Barra, o comandante do Batalhão, coronel Paulo Mouzinho, não retornou as ligações.
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Trechos da conversa gravada
Você já bateu?
MARCOS: Já enfiei meu carro debaixo de um ônibus. Ele me fechou, eu freei, mas o carro não segurou porque era rebaixado. Só que eu não estava correndo.
Então não foi em um dos encontros? Mas como é nos eventos. Neste último, vocês estavam fazendo CENSURADO?
MARCOS: É.
E nunca houve acidentes?
MARCOS: Teve um em que o pessoal foi para o Autódromo, que tinha pega, e um cara bêbado rodando subiu a calçada e bateu num maluco.
Essas corridas eram dentro do Autódromo?
MARCOS: Fora.
E no Kartódromo?
MARCOS: A gente ia para o estacionamento, mas aí era encontro, não era pega.
Mas costuma ter corrida?
MARCOS: Na rua, ou como no encontro de ontem. Até chegar em casa, se tem dez carros que vão para a Taquara, vão os dez correndo.
Mas não é perigoso?
MARCOS: É, mas não liberam o Autódromo. Se pudesse fazer lá seria mais seguro.
Investimento para turbinar veículos é alto
Apesar das manobras perigosas, os encontros mostram uma outra faceta dos jovens com não mais de 25 anos, na sua maioria, e aficionados por carros. Alguns chegam a gastar R$ 8 mil num aro de roda importado e R$ 5 mil num som de alta potência. São jovens que investem todas as economias nos seus carros e que exibem troféus abocanhados nas competições que medem, entre outros itens, motor e rebaixamento.
— A gente modifica o carro para ficar do jeito que a gente gosta e refaz tudo para passar na vistoria. Depois, investimos novamente nas modificações — conta um dos Abusados, que preferiu não se identificar.
Mas, para motoristas comuns, o que os adeptos do dub praticam na rua é uma ameaça.
— Eles não respeitam os outros motoristas e podem causar acidentes gravíssimos. Não podem promover estas corridas em via pública, é um absurdo — reclama Clóvis Malheiros, morador de Jacarepaguá.
O presidente da Associação de Moradores do Recreio, Cleomar Paredes, endossa a reclamação.
— Isso é um perigo de vida e os moradores ficam receosos de acidentes. Estes encontros vivem acontecendo por aqui, cada hora num lugar, e incomodam muito. Eles não arriscam apenas a vida deles; arrisca também as de outras pessoas — denuncia.
Trechos retirados do site
SOBRE UMA COLISÃO: o Thiago da Abusados entrou com o carro na traseira do buzão (chocou-se contra a traseira de um ônibus)! ... se encontra bem, mas o carro nem te conto!... valeu Thiago, qualquer coisa estamos aí
SOBRE A COMPETIÇÃO EM UM DOS ENCONTROS: vai ser Abusados x OQ (uma outra equipe de dub).
SOBRE UMA DISPUTA QUE SURGIU NO FÓRUM DO SITE: tô ficando bolado com essas coisas que colocam aqui e ficam dando problemas depois nos encontros....é melhor pararem com isso!
SOBRE VELOCIDADE: e o que eu tenho a ver com isso Marcos?! O meu (carro) anda mais que os dois de vocês! e olha que o meu é 55cv!
Encontros são itinerantes para evitar confusões
Os encontros que hoje acontecem no Recreio já foram organizados também na Freguesia e na Avenida Ayrton Senna. O ponto de encontro muda, segundo os organizadores, quando o evento começa a atrair gente demais e a gerar confusões.
— Antes fazíamos a reunião num posto de gasolina, mas o proprietário acabou sendo notificado e pediu para sairmos. Em breve também teremos de sair daqui — admite Vinícius.
Os integrantes do grupo, explica ele, formam uma equipe que participa de competições oficiais, como o Campeonato de Som, Tuning e Rebaixados, ocorrido em janeiro no RioShopping.
Na internet, os jovens participam de um fórum de discussões onde trocam provocações e marcam corridas com grupos rivais (quadro ao lado).
esses são akeles mesmos babacas que foram moer no nosso encontro....
abusados..... se queimam sozinhos, nunca terão um encontro decente pois não sabem faze-lo.....
FRACOS.
o pior é o babaca ainda dar uma entrevista dessas.... será q ele não sabe q por causa deles eles vão F*** os outros?????
encontro da abusados, foram expulsos de um posto na taquara, depois expulsos do kart..... lamentável..... bando de novatos que coloca roda e baixa o carro e acha que destruir as rodas nos buracos do RJ é onda.