[DÚVIDA] - Troca lâmpadas do Classic 2014. Como escolher a melhor?

Tire suas dúvidas sobre o sistema elétrico do Corsa: ligações, fusíveis, sinalização, chicotes, etc. Você também pode saber sobre neon, leds ou luzes diferentes ou algo sobre a iluminação do Corsa.
SemControle
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Re: [DÚVIDA] - Troca lâmpadas do Classic 2014. Como escolher a melhor?

Mensagem por SemControle »

um outro detalhe na busca por luz vindo pro tom branco, a noite e c chuva iluminam tanto qnt uma vela apagada.....
quem é das antigas, mas põe antiga nisso, lembra dos faróis c lente amarela, pois é, são feios igual bater na mãe, mas são o q iluminavam nessa condição de noite e chuva.....já apenas noite são sofríveis....se for pensar em toda condição, precisa uma dezena de faróis ou centena no carro pra ter uma condição razoável....haja visto q as vias favorecem muito, vão das sem iluminação a iluminação de balada piscante, os remendos no asfalto ou buracos q se confundem.....
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gtmski
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Mensagem por gtmski »

Boa observação. Eu lembro bem de quando usava o farol projetor com xenon. Na chuva era horrível, refletia nas gotas d'água. E na neblina, parecia cena do Silent Hill. Uma coisa curiosa, na França até 1993 eram obrigatórias as lâmpadas amarelas. Amarelas mesmo. Então, ou se comprava lâmpadas pintadas de amarelo, ou se colocava um sobre-bulbo amarelo por cima das lâmpadas.

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É discutido o motivo na origem dessa lei francesa, que vem de 1936. Alguns dizem que foi para diferenciar os veículos civis dos militares no escuro. Outros, que houve um estudo da Academia Francesa de Ciências que concluiu que as lâmpadas amarelas ofuscam menos os outros motoristas do que as "brancas" (entre aspas porque não eram propriamente brancas, mas uma iluminação com tom amarelado parecido com a das lãmpadas originais de hoje)

Andei pesquisando um pouco mais sobre o assunto. No caso dos neblinas, se afirma que as lâmpadas brancas naquela condição causam um efeito halo que é indesejável. Se pensava antigamente que as amarelas conseguem uma melhor transmissão da luz nas gotículas de água da neblina ("penetravam" melhor na neblina), mas estudos não tão recentes não mostram diferença entre o desempenho das luzes brancas ou amarelas na neblina quanto à transmissibilidade. Há diferença em condições de nevoeiro (causado não por moléculas de água, mas sim por outras partículas), mas essa vantagem só aparece nos comprimentos de onda a partir do infravermelho.

O que a iluminação mais puxada para o amarelo pode contribuir é pela maior sensibilidade do olho humano aos comprimentos de onda relacionados à cor amarela.

Imagem

Em condições acima de 65cd/m2, o olho humano tem o pico da sensibilidade no comprimento de onda de 555nm, que se encontra quase no limite entre o verde e o amarelo. É o que se chama de visão fotópica, onde as células cone da retina fazem o trabalho de captar os diferentes comprimentos de onda e enviar a informação cérebro distinguir as cores. Em condições de baixa iluminação, como uma rua escura não-iluminada (e sem faróis), o pico da sensibilidade muda para 507nm porque são usados outros tipos de receptores oculares. É a chamada visão escotópica, onde as células cone deixam de ser as protagonistas para dar lugar aos bastonetes, que não tem provém a mesma sensibilidade à diferenciação de cores. Neste comprimento de onda se encontra a luz azul-esverdeada.

Em condições de rodagem à noite, entra um meio-termo entre os dois tipos de visão: a zona de visão mesópica. Na verdade, tanto os bastonetes quanto os cones nunca deixam de funcionar completamente, o que muda é a prevalência de um sobre o outro. E na rodagem à noite, essa prevalência varia. Em uma estrada, a visão periférica tem maior prevalência na zona escotópica e a visão central da via, na zona fotópica. Acredito então que se possa falar que a luz refletida mais puxada para o amarelo tem maior benefício na visualização da via e a luz refletida mais puxada para o azul tem maior benefício na visualização do redor da estrada, pouco iluminado. É curioso perceber que entre os picos de sensibilidade da zona fotópica e da escotópica, está o comprimento de onda da luz verde. Não creio que tenham pensando em tornar verdes as placas da via por este motivo, mas a ciência corrobora a escolha.

Quanto aos testes do Merovingian com a Night Breaker 200, parecem enviesados. Ainda que se fixe o ajuste de exposição na câmera que ele usa, as câmeras não captam a iluminação da mesma forma que o olho humano. O que pode piorar ainda se ele estiver usando câmeras com sensores CMOS de tamanhos diferentes.
Uma pesquisa breve pelos comentários sobre esta lãmpada no ebay, mostra uma vasta quantidade de usuários insatisfeitos e falando que a iluminação melhora 30 a 40% no máximo. Vi alguns vídeos da Night Breaker 200 H4 que parecem concordar com a minha afirmação anterior, de que o maior ganho está "em alguma região específica... do farol alto".

Queria deixar um parênteses aqui sobre quando sugeri buscar a informação sobre o fluxo luminoso por área em lux. Isso vale para medições controladas (como qualquer medição comparativa) Não se pode pegar uma medição em lux de um camarada e comparar diretamente com outra. Há que se respeitar a mesma metodologia para ter resultados comparáveis. O Bulb Facts publica a metodologia deles: as lâmpadas são alimentadas com 12.75v, o ambiente tem 0 lux de fluxo luminoso, são usados os mesmos faróis, à lâmpada é dado um tempo para aquecer, o farol fica a 7,62 metros do obstáculo, o resultado é uma média de mais de um ponto de medição e mais uma série de coisas. Então, não vale muita coisa o teste onde o camarada vai numa rua à noite e mete o luxímetro de qualquer jeito na cara da lâmpada. Ambientes e medições não controladas. Isso é um erro mesmo dos que tem alguma metodologia. Porque como demostrando nas mensagens anteriores, a intensidade luminosa varia conforme o ponto de medição. Então, ou que se tire a média de vários pontos de medição controlados, com o sensor voltado para a lâmpada (iluminância), ou que se meça logo a luz refletida pelo objeto ou obstáculo por área (luminância) pois na estrada você enxerga a luz refletiva, e não a lâmpada.


DrLeandro
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Mensagem por DrLeandro »

gtmski escreveu: Terça-feira 03 2022f Maio 2022 06:36:40 PM Como o SemControle corretamente afirmou, a possibilidade estaria em uma halógena de potência nominal similar. É a minha interpretação também. Porém, a interpretação do Inmetro é diferente. No documento em http://www.inmetro.gov.br/acreditacao/d ... inacao.pdf , um tipo de "perguntas e respostas", o Inmetro entende:
A mudança na temperatura de cor da lâmpada pode afetar os requisitos técnicos
colorimétricos e fotométricos do dispositivo luminoso. Então, conclui-se que são
dispositivos de tecnologia diferente da original do fabricante.
Como todas as lâmpadas especiais tem uma temperatura de cor mais puxada para o branco, então, segundo o Inmetro, não se adequam à resolução 667
Claro, vai ser muito difícil um agente rodoviário estar com um aparelho que meça a temperatura da cor da luz emitida, mas se a luz for muito branca e se o entendimento do camarada for o mesmo do Inmetro, pode pegar no pé.

Ainda pode pegar no pé (eufemismo para encher o saco) por conta de que a maioria das lãmpadas especiais tem um anel azul pintado em volta do bulbo, que filtra a luz amarela para deixar a iluminação aparente mais branca. O problema aí reside no fato de que a cor azul desse anel reflete internamente no conjunto óptico do farol e dedura que estão sendo usadas lâmpadas especiais. Esse efeito azul no refletor do farol é perceptível quando as lâmpadas estão apagadas.

Sobre o marketing das lãmpadas especiais onde afirmam que produzem "até 150% mais luz" ou também "130% mais brilho" ou ainda "120% mais visão"... tem uma pegadinha aí porque essa informação é vaga. "Mais luz"? como assim? em relação a quê? Em que medida? "Mais brilho"? como mais brilho? fluxo luminoso (lumen) ou luminância (candela por metro quadrado)? mass a luminância varia conforme o material em que a luz é refletida, "Mais visão"? enfim...

É na realidade a medida da intensidade luminosa em candelas em relação aos requisitos mínimos da regulamentação ECE R112 da União Européia. Em alguma região específica do facho de luz que, não raro, é relacionado ao farol alto. A mesma regulamentação ECE R112 também dispõe sobre a intensidade luminosa máxima permitida para as lâmpadas em certos pontos definidos de certas regiões. E quais são essas regiões? A seguir:

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E o que dispõe a R112? Para o farol baixo:
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E para o farol alto:
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Então perceba que tanto o farol alto quanto o farol baixo tem múltiplos pontos de análise de intensidade luminosa. Dentro da Zona III, por exemplo, são 7 pontos. Porque a resolução especifica o ponto de medição dentro de cada zona. Então, se um fabricante consegue uma intensidade luminosa x% maior no ponto 5 da zona 3, ele não está, tecnicamente, mentindo sobre o incrível "x% mais brilho" da lâmpada (mas está moralmente). Porque no site dos fabricantes há uma nota, em letras pequenas, escondida no final da página que informa que os x% são em relação a algum resquisito mínimo da ECE R112.

E é o que realmente acontece... as lâmpadas especiais tem um ponto (ou mais) com maior intensidade luminosa. Geralmente é o ponto central. O que não quer dizer que a lâmpada como um todo permita ao usuário perceber 150% mais brilho por todo o asfalto. E como elas conseguem isso? O cristal do bulbo é mais puro, o filamento pode usar materiais exóticos e contém menos contaminantes, o gás dentro do bulbo é diferente, o escudo do farol baixo tem geometria diferente e as características do filamento possibilitam um foco maior em certas áreas. Mas tudo isso tem um preço, há pontos mais quentes ao longo do filamento (senão em todo ele).

Então quer dizer que se um fabricante especificar que tem 150% mais intensidade luminosa em relação ao ponto 5 da zona 3, é 150% mais intensidade em relação à lâmpada comum? Também não. Isso valeria se as lâmpadas comuns apresentassem o mínimo determinado pela ECE. Mas não parece ser o caso.
Eu acompanho faz tempo um fórum sobre iluminação em https://www.candlepowerforums.com/ . Lá tem uma área de discussão sobre iluminação automotiva.
Em um dos tópicos, um usuário realizou testes fotométricos em diferentes lâmpadas. O resultado foi o seguinte:
Standard Philips H4 12v 60/55w (p/n 12342), made in Germany
High beam: 55,410 cd at (0.2° D, 0.6° R), 846 lumens
Low beam: 14,430 cd at (1.2° D, 1.8° R), 451 lumens

Osram Rallye/Hyper H4 12v 70/65w (p/n 64205), made in Germany
High beam: 55,810 cd at (0.2° D, 0.4° R), 979 lumens
Low beam: 19,490 cd at (1.2° D, 1.5° R), 545 lumens

Philips HB2 + H4 Xtreme Power 9003XP 12v 60/55w, made in Germany
High beam: 59,650 cd at (H, 0.4° R), 923 lumens
Low beam: 20,220 cd at (1.2° D, 1.6° R), 556 lumens

Philips H4 12v Rallye 100/90w (p/n 12569), made in Germany
High beam: 69,680 cd at (2.8° D, 2.4° L), 1260 lumens
Low beam: 18,720 cd at (1.8° D, 1.6° L), 677 lumens
Perceba que a lâmpada original não faz feio. Não leva uma surra de 150% de ninguém. Claro, ela apanha de 50% da H4 100w em fluxo luminoso (lumens)

Ajudam? Claro... eu já gastei um bocado de dinheiro em lâmpadas especiais. Ajudam principalmente pela tonalidade mais branca da luz, que dá menos sono e gera a impressão de maior nitidez nos objetos refletidos. Mas essa tonalidade mais branca, conseguida em grande parte pelo anel azul que recobre o bulbo (senão todo ele), tem um preço... ela diminui a o fluxo luminoso. Segundo outro usuário do fórum Candlepower:
I do have data for the Sylvania ZxE 9003, which is their street-legal bulb with the darkest blue coating.
WITH the blue coating, and operated at 12.8 volts, that bulb produces 1380/860
WITHOUT the blue coating, that same bulb operated at the same 12.8 volts produces 2000/1340
Na lâmpada em questão, ele percebeu um aumento de 44,9% no fluxo luminoso ao remover a camada azul que recobre o bulbo externamente.

Fazem milagre? Nunca, esqueça. Vou falar mais embaixo o que faz milagre, mas está proibido. A seguir, sobre as diferentes lâmpadas e faróis que testei no carro.

Em ordem cronológica:
Lâmpada original
Superbranca genérica
Philips Crystalvision
Philips Xtremevision
Passei então para relê duplo e um jogo de Eagleeye 100w. O relê continuou no carro por todas as lâmpadas seguintes;
Farol projetor importado e Osram Nightbreaker
Farol projetor importado e Xenon
Farol projetor importado e led importada (a mais potente que havia)
Saiu o farol projetor, voltou o farol original, a elétrica do relê foi otimizada e voltou a lâmpada normal.

O melhor de todos? Disparado, milagroso mesmo: Farol projetor com xenon. Nada chega perto. É glorioso.
O farol é este aqui, não é o que chamam de retrofit, é próprio para o Corsa. É vendido na Europa:

Imagem

O corte de luz é perfeito. O escolhi justamente por causa do xenon. Acho um crime usar xenon em faróis não-projetores. Cega o motorista da pista contrária.
Mas por causa dessa resolução boba e também porque a Pickup Corsa está virando um carro de colecionador (se segura GSI!), resolvi voltar ao original... mas com upgrade: encontrei um jogo de faróis arteb com regulagem elétrica (os da carcaça preta, difíceis de achar)
Olha, sobre as Leds... a idéia daquela Led que tem um projetorzinho embutido é ótima. Mas me parece que sofre do mal de todas as leds abaixo de 500 reais: é fraca comparada com Xenon ou mesmo com uma lâmpada de 100w. Desnecessário dizer que o LED no farol projetor levou uma surra feia do xenon. E não se atenha ao falso marketing das leds de que são de 8000 lumens ou coisa assim. Tudo balela. Esse tipo de marketing também fazem com as lanternas de led.

Ok, tirando o farol projetor fora, o xenon e o led... qual você gostou mais? Eagleeye 100w. Depois, em ordem: Osram Nightbreaker, Philips Xtremevision, Philips Crystalvision e Superbranca genérica.
E a sua lâmpada normal, alimentada em 14 volts? Não tenho como comparar com as outras halógenas 55/60w H4 pois quando as usava não havia instalado o relê. Então sua lâmpada original, no farol original, mas com 14v não é boa? Olha... boa boa como meu projetorzinho com xenon (saudade!) não é... Mas eu lembro vagamente da intensidade luminosa da original comparada com a superbranca genérica e com a crystalvision. A original ganhava. Mas a luz é amarelada. E veja que essas mudanças todas sempre foram tentando melhorar a iluminação original do Corsa. Originalmente ela é horrível mesmo. Ainda mais porque usaram uma lâmpada H4 que só provê 1000 lumens no farol baixo. Poderiam ter usado um par de H7 e H1 de 1500 lúmens cada (como é no Vectra B), mas aí seriam necessárias 2 lâmpadas por farol.

Sobre a queda de tensão e o fluxo luminoso. Houve uma discussão no fórum The Truth About Cars faz um tempo, está resumida nesta página: https://www.thetruthaboutcars.com/2019/ ... tage-drop/
Nesta discussão, um usuário proveu uma fórmula relacionando o fluxo luminoso com as diferentes tensões com que são alimentadas no mesmo bulbo. A fórmula é: lumens @ spec volts x [(operating volts ÷ spec volts)^3.4] = lumens @ operating volts
ou seja, (lumens à tensão especificada pelo fabricante) x [(tensão de operação dividida pela tensão de especificação do fabricante) elevado a 3.4] é igual a lumens na tensão pesquisada. A tensão e o fluxo luminoso especificados pelo fabricante geralmente são 1000(baixo)/1600(alto) lumens a 13.2 volts para uma lãmpada H4.

Não lembro de quanto era a queda de tensão na fiação original do Corsa, mas certamente a tensão ficava abaixo de 13.2 volts. Porque 13.2 é a tensão com que especificam a vida útil das lâmpadas. Peguemos então esses 13.2 volts e 1000 lumens de uma H4 como base. Vamos subir a tensão para 14.2 volts e descobrir quantos lumens isso dá (x), usando a fórmula do amigo lá do fórum:
x = 1000 x [(14,2 / 13.2)^3.4]
x= 1000 x 1,281
x= 1281 lumens. Ou 28% de ganho do fluxo luminoso (lumens) como um todo (e não só sobre um ponto específico) por um aumento de 1 volt

A diferença pode ser ainda maior se a queda de tensão for maior (e é, nos Corsa).
Peguemos o valor de 12.8 como a valor de tensão observado no conector dos faŕois. É até conservador, porque em muitos carros fica por volta de 11.8 a 12.5 volts. E vamos descobrir o quanto é a intensidade luminosa nessa tensão de 12.8v
x= 1000 x [(12,8 / 13,2)^3.4]
x= 900 lumens, ou uma perda de 10% do fluxo luminoso por conta de 0,4 volt a menos
Se a tensão então for de 11.8 volts (que já vi em alguns carros), então:
x= 1000 x [(11,8 / 13,2)^3.4]
x= 683 lumens. Ou seja, esta lâmpada hipotética h4 que gera 1000 lumens em 13.2 volts, gera 683 lumens em 11.8 volts. Uma queda de 32% do fluxo por conta de uma queda de tensão de 1,4 volt (em relação aos 13.2v especificados pelo fabricante)

Então, no quadro maior. Se uma hipotética lâmpada H4 de 1000 lumens no farol baixo está sendo alimentada com 11.8 volts e passa a ser alimentada com 14.2 volts, o fluxo luminoso passa de 683 lumens para 1281 lumens. Ganho de 87%. Ou +Quatrocentros Mil% se eu fosse um marketeiro de lâmpada h4.
Mas claro, há um preço como falei. Há também uma fórmula para calcular a redução (ou aumento) da vida útil da lâmpada quando sobrealimentada ou subalimentada em relação aos 13.2v. A fórmula é:
hours @ spec volts x [(operating volts ÷ spec volts)^-13] = hours @operating volts
Mas não precisa usar ela, é só olhar este gŕafico da Osram:

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Minha recomendação final se for só trocar de lâmpada? Esqueça lumens, esqueça candelas. Procure pela informação em Lux. É uma medida muito melhor para a intensidade percebida pelo olho humano na estrada, é a medida do fluxo luminoso por metro quadrado. Neste site você tem essas informações. E veja como cai por terra o papo dos +400 milhões% Plus Ultra Xenarc Racing Laser Rally White Extra Turbo Intercooler

https://www.bulbfacts.com/halogen-bulbs/chart/
Cara primeiramente muito obrigado por ter perdido um tempo pra dar essa aula, show de bola mesmo. Como vc disse pena que não podemos fazer mudança alguma, pois podemos ser multados. Fiquei de olho nessas Projetor Canhão Shocklight, elas consomem menos do que as convencionais e vi um teste num gol ela tem um corte azul que aparentemente não ofusca o motorista em direção contrária, o alcance não foi tão eficiente, porém em questão de iluminação achei bem legal. Como já comprei as H3 pros faróis auxiliares, vou coloca-las...

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Quanto a modificação que vc colocou acima, relê duplo de farol (procurar no ML), aterramento, vou buscar um eletricista para ver como faz isso, acabou que nós no Brasil não temos soluções simples, as estradas são extremamente mal sinalizadas, cheia de buracos e viajar a noite a pessoa realmente tem que ter extrema atenção. Apesar da excelente explicação, eu fiquei sem saber qual pegar mesmo rs, sabendo que tenho que trocar fios, colocar com uma espessura maior e proteger a fiação com aterramento para evitar problemas futuros. Eu já tinha entrado nesse site que vc colocou, a GE tem boa "pontuação" das halógenas https://www.bulbfacts.com/halogen-bulbs/recommended/


DrLeandro
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Mensagem por DrLeandro »

Achei esse teste russo da GE https://www.youtube.com/watch?v=KrNzdY2X_SE


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gtmski
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Mensagem por gtmski »

Cara primeiramente muito obrigado por ter perdido um tempo pra dar essa aula, show de bola mesmo
É bacana poder ajudar, há muita desinformação por parte dos fabricantes
Como já comprei as H3 pros faróis auxiliares, vou coloca-las...
São do Mercadolivre, não? Parece que deu sorte e são verdadeiras. Achei essa embalagem em um pdf da Philips-China, no resto do mundo essas lâmpadas vem em um blister. De qualquer forma, o vendedor comprou essa lâmpada no Aliexpress. Lugar onde há muitas falsificações. Geralmente se descobre falsificações pela embalagem: cores, fontes usadas, palavras erradas, erros na impressão. Mas essa aí parece verdadeira. É preciso ter muito cuidado ao comprar certos tipos de coisas no Mercadolivre: lâmpadas, velas especiais (muito cuidado), tensionador de correia, correia dentada, capacitores, circuitos integrados (e outros componentes eletrõnicos)... fora o de sempre, mas não relacionado a carros: óculos, vestuário, eletrônicos, etc.. Mesmo em anúncios bem avaliados há falsificações. É sempre bom procurar pelas "lojas oficiais" ou um vendedor muito qualificado em um anúncio com muitas qualificações. Se aparecer uma qualificação sequer dizendo que é falsificado, fique com o pé atrás. Porque a qualidade das falsificações melhora a cada dia, e muita gente não percebe que o produto não é original. Outra coisa que acontece é de se remanufaturar uma peça e vender como nova.
No Mercadolivre, para peças originais do Corsa, ou compro usadas ou dos vendedores: Loja oficial GM, Crestana, Mister Auto, Carrera, Accioly. Para velas especiais, Asllan. De certo que há mais vendedores bons e com peças originais, esses são os que lembrei de pronto.
Quanto a modificação que vc colocou acima, relê duplo de farol
Tem que pegar um auto elétrico bem caprichoso. Faz tempo que não vou em algum, tampouco em qualquer mecânico, prefiro fazer eu mesmo. De qualquer maneira, tenho 3 sugestões para o projeto do relê:
Relê- Marelli
Cabos flexíveis- Prysmian (preferido, suportam maior temperatura e são mais flexíveis) ou Sil. Nas possíveis combinações:
1-Alimentação do relê: 6mm / Para os faróis: 2,5mm
2-Alimentação do relê: 10mm / Para os faróis: 4mmm
3-Alimentação do relê: 16mm / Para os faróis: 6mm

Simulei as quedas de tensão com as combinações acima: 1- 0,4v / 2- 0,25v / 3- 0,17v. A opção 1 é a menos custosa, mais fácil de fazer e já dá bom resultado.
Comentei sobre o auto elétrico ser caprichoso. O que seria um trabalho limpo e caprichoso:

-Zero emendas
-Terminais crimpados com crimpador adequado
-Terminais para o relê
-Cabos escondidos e protegidos por eletrodutos
-Nenhuma parte viva (energizada) exposta sem isolamento (inclusive no relê)
-Troca do conector h4 original por um novo de boa qualidade com novos terminais crimpados exclusivamente para os cabos de maior bitola dos faróis (ou crimpar novos terminais para o conector existente)
-Um negativo decente para os faróis, com terminais olhal parafusados diretamente na carroceria (bem próximos do farol)
-Uso de isolação termo-retrátil onde for necessário e não fita isolante.

Não é qualquer auto-elétrico que vai fazer isso. Muitos vão querer usar a fiação original, inclusive. Não aceite. A fiação original vai ser só para comandar o relê, e não para alimentá-lo ou para alimentar os faróis.

Levar em um auto-elétrico também tem o problema de não poder escolher a marca do cabo. Se possível, compre os cabos citados acima por metro (muitas lojas físicas vendem), o relê, os conectores H4 e leve lá. Da bateria até o relê vai um cabo com tamanho por volta de 2 metros, do relê até o farol LD: dois de 1,5m e do relê até o farol LE, dois de 50cm. Compre um pouco maior para garantir. E mais 2 pedaços pequenos (até 50cm) para os negativos dos faróis, da mesma bitola dos outros do farol. Não sei como é o terminal positivo da bateria do Classic, mas é possível que seja necessário trocá-lo.
eu fiquei sem saber qual pegar mesmo rs
Se for de originais e relê, Philips Standard H4
Se for só de lâmpada especial e confiar nos testes do Bulb Facts, GE Megalight +130. Embora quem venceu os testes lá foi a Bosch Gigalight 120%. É uma pena que não temos ela à venda por aqui. Gosto muito das coisas da Bosch.
Se for só de lâmpada especial, confiar nos testes do Merovingian e não se preocupar com custo x benefício, Nightbreaker 200
Achei esse teste russo da GE https://www.youtube.com/watch?v=KrNzdY2X_SE
Eu vi, bacana. Ele tem uma certa metodologia. Note que eu não disse metodologia certa. Kkk. Não sabemos se o luxímetro dele está calibrado, e não se aprofundou muito sobre o teste. Mas gostei.
Percebeu que os resultados dele diferem um pouco dos do Bulb Facts, não? Não dá para comparar resultados de metodologias diferentes

Mas é isso, boa sorte com a busca pela melhora da insatisfatória iluminação do Corsa e poste os resultados da aventura.


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Mensagem por gtmski »

Duas pequenas correções:

A Philips VisionPlus +60% também é encontrada em caixas acrílicas ovaladas em alguns países. Me parece que são para os mercados Chinês e Japonês.
Faltou o gráfico sobre os pontos de medição da ECE R112 para o farol alto:

Imagem

E algumas observações: o esquema usando só 1 relê duplo tem um problema que o projeto original do carro não tem: caso algum dos fusíveis do relê se abra, ambos faróis serão afetados. Uma solução seria usar 2 relês duplos.
Nas sugestões não listei um fusível geral para o cabo principal do relê, pode ser desejável para os mais precavidos. Os relês duplos para farol tem 2 fusíveis internos, mas são para a fiação que vai para os faróis.
Como o ideal é o fusível ficar próximo da bateria, há porta fusíveis para som automotivo com boa vedação: os modelos banana ou barril, evitam emendas. O desafio é encontrá-los com redução ou apropriados para cabo de 6mm, os mais comuns são para cabos a partir de 10mm.
Há um modelo da marca Permak para fusível de vidro que informam ser para cabos de até 6mm.
Que é outro ponto, cuidado com aqueles que são para fusíveis tipo ANL (tipo faca). Assim como os fusíveis automotivos tipo lâmina baratos (os normais da caixa de fusíveis, por exemplo), há muitos fusíveis tipo ANL que não valem nada.
Já vi muitos fusíveis daquelas cartelas baratinhas derreterem o isolamento plástico e não romperem a lâmina


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Ops, correção da correção:
A Philips VisionPlus +60% também é encontrada em caixas acrílicas ovaladas em alguns países. Me parece que as caixas quadradas em acrílico são para os mercados Chinês e Japonês.


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Mensagem por SemControle »

o pior é fazer o serviço assim no capricho e os caras comparam c o Zé da esquina q faz porqueira e cobra barato.....
comecei a caprichar ainda mais lá atrás qnd peguei uma moto 0km q pra não perder a garantia não podia cortar fio nem nada, eu instalei o alarme sem cortar nenhum fio, dai só fui melhorando.....
ai querem fazer um serviço simples de por os reles pro farol ter menos perdas nos cabos originais, quero um dia pra fazer o cara já reclama q demora....depois é do preço, de boas......depois demora mais corrigir e fica mais caro.....o mais trabalhoso é deixar tudo bem discreto na moto....
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Mensagem por Fernando 4100 »

Percebi que faltou mencionar uma "artimanha" relativamente comum de antigamente, que era acender farol baixo e alto simultaneamente. Tem carro que vem de fábrica assim. Em alguns carros já viajei segurando na mão o lampejador do farol pra manter alta e baixa juntas e nunca tive problema (já fiz até no Corsa), sequer já troquei uma lâmpada de farol até hoje.
Claro que ciente de que pode dar ruim e que no meu caso sempre foi em carros com farol de vidro, que fique claro. Mas era algo bastante comum e fazia uma boa diferença e que não creio que venha a dar qualquer tipo de problema com a lei. Talvez por precaução seria bom ter um jogo de lâmpada de reserva no porta-luvas se for fazer isso.

No mais, gostei muito da riqueza do tópico e indiquei a leitura pra outros amigos. Nunca tive curiosidade suficiente de pesquisar sobre lâmpadas e o assunto deixou claro na minha visão, que as lâmpadas milagrosas não fazem milagre algum sem um farol específico pra elas. Ou seja, não valem o investimento. A única coisa é que acredito que uma lâmpada atual na especificação original, deva ser ligeiramente melhor do que a original da época de um carro de 20 anos, assim como óleo, por exemplo.
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Mensagem por gtmski »

Valeu, Fernando!
Bem lembrado da artimanha. Aqui eu fiz outra, coloquei farol de milha. Milha mesmo, em um sto. antônio da Strada. Serve direitinho na pickup. Daí foi só fazer as furações e colocar uma porca rebite


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