[DÚVIDA] - Freio Ruim

Dúvidas sobre os sistemas de câmbio, direção, freio e suspensão do Corsa. Discos, tambores, cabos, pinças, sistema ABS, molas e amortecedores. Suspensão a ar, rosca, relações de marcha, etc.
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José Leal
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Mensagem por José Leal »

Entendi o que vc disse.

Masno procedimento, se a linha da roda traseira direta está com bolhas e vc terminou de sangrar a roda dianteira esquerda, o fluido faria pelo menos 6 movimentos (3 para a dianteira direita e 3 para traseira esquerda).
O manual de alguns carros fala em circuitos hidráulicos cruzados. Não sei se no Corsa é assim. Eu entendo com circuito cruzado como se a roda dianteira esquerda e traseira direita estejam na mesma linha, ou no mesmo ponto de conexão no cilindro mestre. Isso facilitaria a passagem das bolhas.

Esse blablabla todo cai por terra se pensarmos que as bolhas não entram numa linha que está 100% cheia de fluido. Afinal, já foi feita a sangria.
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SemControle
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Mensagem por SemControle »

sim ze, desde q me entendo por gente os carros tem sistema cruzado, a explicação é fácil, o cil mestre na sua maioria tem 2 saídas, uma dessas saídas cuida do TD e DE, a outra do TE e DD, se uma parte do cil mestre der qq problema, vc não fica com freio apenas na frente ou traseira, ou apenas de um lado do carro.....

sobre pq de começar pela roda mais longe do cil mestre não tem algo muito concreto, tem varias historias até estranhas...vou belos ensinamentos pre históricos q nunca deixaram de dar certo....
mas sendo bolhas e num fluido viscoso, vai muito tempo pra elas tomarem um caminho e sair, principalmente pela horizontalidade da maior parte do sistema, vai tempo tomando porrada das vias, aquecendo nas extremidades...
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Bange
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Mensagem por Bange »

Zé, o movimento (que não é circulação), do fluido em situação normal é mínimo...no circuito da traseira (com lonas), é maior devido ao burrinho ter mola de retorno, eu diria que não passa de uns 15cm dentro dos tubos, num movimento de vai (quando pisa), e volta (quando solta o pedal).
Já nos dianteiros (e em carros com as 4 de pastilhas), por não terem mola de retorno, isso nem acontece e o movimento só ocorre nas trocas da pastilha, quando os cilindrões devem ser recuados para a entrada das novas pastilhas.

SemControle, lembro bem que no meu Samara, saiam do mestre apenas 3 circuitos...2 para as dianteiras e 1 para a trazeira, que morria numa válvula equalizadora de pressão...e o tubo era um pouco mais gordinho. Fora este sistema, realmente todo o restante tem os circuitos cruzados de modo a diminuir ou eliminar a possibilidade de se ficar com um dos eixos totalmente sem freio.

Para esclarecer a razão da sangria em circuitos hidráulicos...os líquidos são inelásticos, ou seja, são considerados como não compressíveis...já os gases (como o ar contido nas bolhas), aceitam compressão só até se tornarem líquidos.

No sistemas hidráulicos, toda a pressão de saída do burrinho mestre, deve ser aplicada ao sistema (pinças ou sapatas), das rodas...caso haja uma ocorrência de bolhas, essa pressão será amortecida pelas bolhas (que se comprimem), prejudicando a transferência da pressão para as rodas e por consequência uma frenagem menos eficiente...ou até nula.

Nos sistemas hidráulicos com ABS ou EBS, o raciocínio é o mesmo, sendo que um sensor de rotação atua como aliviador da pressão para não deixar a roda travar.

Um outro sistema, a ar, é usado em veículos pesados...caminhões e alguns utilitários...que além de utilizarem o ar sob alta pressão, o similar ao nosso burrinho é uma enorme cuíca que multiplica ainda mais essa pressão...é outro universo.

A evolução dos freios vem lá dos primeiros carros com sistemas acionados por cabos (igual ao nosso freio de mão), passando para hidráulico ou ar, com ABS ou EBS...como evolução do sistema parou aí (ocorreu apenas evolução de materiais), sendo que existem sistemas paralelos de auxílio, como freio motor, magnético e aerodinâmico (carros, trens, aviões), isto para o solo...para a água, só a reversão da propulsão hidráulica (ou reversão hidrodinâmica).
SemControle
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Mensagem por SemControle »

sim sim, esse sistema de divisão do tubo da traseira se encontra mais informações sobre os motivos da sangria vir da roda mais distante do cil mestre, mas da mesma forma nada pra se confiar 100% e nem duvidar 100% tmb...
o sistema hidráulico tmb se vale da multiplicação de forças.....materinha complicadíssima na questão de cálculos no senai....
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Bange
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Mensagem por Bange »

Pessoal,

Só pra fechar o assunto da sangria...coloquei a questão em alguns sites, grandes personalidades do ramo e alguns profissionais que considero com bastante conhecimento.

Ou as respostas nem vieram ou não foram embasadas em nenhuma informação técnica.

Em um dos sites, aventou-se a hipótese de que tal sequência tenha sido criada pelas montadoras, que devem fazer tudo religiosamente da mesma forma, em todos os carros e por qualquer das turmas de montagem...pois num eventual problema pode-se retroceder padronizadamente o processo e identificar...sem ficar pensando por exemplo qual foi a roda anterior que se atuou...

Quero deixar claro que não tenho a intenção de alterar um esquema de processo que já vem lá dos primórdios, mas o fato é que eu nunca o utilizei e também nunca tive problemas nestes poucos anos em que não o pratico.

Desta forma, aos que seguem a sequência "bíblica", que continuem a fazê-la, assim como eu continuarei fazendo a que melhor se adequa a minha situação de garagem...desde que bem feitas, não vejo problemas.
SemControle
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Mensagem por SemControle »

acredito q seja a questão de padronizar na montagem so pra não ficar a duvida q roda já foi ou não...e se perpetuou pra fora das montadoras...
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José Leal
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Mensagem por José Leal »

Faz sentido essa de padronização nas montadoras.
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Mensagem por dosjoker »

Boa tarde, gostaria de saber se o problema em questão, foi resolvido e como?
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Mensagem por jaspionalexandre@gmail.co »

Olá amigos ao sangrar o sistema de freio dos carros atuais com hidrovaco ou cuíca lembre-se que o carro tem que está ligado para melhor pressurizar o sistema ou utilizar uma garrafa pet de 2 litros com birros de motocicleta e tampa universal que caiba no reservatório de fluido acoplado a uma bomba de encher pneu de bicicleta vai servir para fazer sangria no sistema sem risco de entrar ar e danificar o cilindro mestre!
Farleytufao
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Mensagem por Farleytufao »

SemControle, Ja vi uns fusquinhas bem antigos com sistema de Cilindro mestre de saída única e sem hidrováculo!

Bange, eu ja tive um Niva, Parente proximo do Samara, mas no meu caso, a divisão acontecia ali no cofre do motor mesmo e em sistema cruzado e não frente/traz No meu adaptei um hidrovácuo do 147 assim como o cilindro mestre e cilindros auxiliares do Fiorino. Niva95.
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