[SOLUÇÃO] - Estudos e montagem de um kit verão

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Bange
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Mensagem por Bange »

Agora pela manhã, quando fui finalizar a modificação, lembrei que não fiz o teste com a velocidade 2 (maior), remontei circo e pra temperatura subir mesmo durante a velocidade 1, coloquei papelões na frente do radiador para dificultar a passagem do ar... a temperatura foi subindo e quando a tensão no sensor chegou a 1,45V, a ventoinha 1 ligou na velocidade alta e a 2 parou, mas aprox. 3 segundos depois ligou também na velocidade alta (este retardo é a tal temporização eletrônica existente dentro do relé amarelo R3).

Em termos de mostrador do painel, a segunda velocidade ligou quando o ponteiro chegou aos 100º.

Agora sim, 100% aprovado... passei a régua e vou pra Ribeirão tranquilo amanhã.

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Bange
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Mensagem por Bange »

Bom, acabei não indo a Ribeirão, pois o encontro de marceneiros foi cancelado devido a sogra do cicerone ter se acidentado e requerer cuidados especiais... acabei praiando e dando uns rolezinhos (não, não é aquele dos Shoppings...rsrs), no fds.

Semana passada questionei a Delphi e a MTE-Thomson, a respeito dos sensores de temperatura, objetivando obter uma tabela de resistência x temperatura x tensão. A MTE-Thomson, simpaticamente já me respondeu, embora ainda não tenha sido o retorno exato do que perguntei, me passou links interessantes sobre seus produtos, forma de teste... e deixou uma portinha aberta para mais questionamentos (já mandei), e estou reparando alguns detalhes....

Ela investe mais em propaganda junto ao cliente (comparando o site da Delphi x MTE-Thomson).
Disponibiliza mais informações técnicas e dicas, espontaneamente...sem necessidade de contato específico.
É a única fabricante na América Latrina (rs!), de Termistores NTC e PTC e Sensores Lambda.

Abre aspas " enquanto estava escrevendo este texto, recebi uma ligação do Sr. Alberto Ferreira da MTE, que foi quem me mandou o e-mail...bati um papo muito bom com ele, que se comprometeu a me mandar mais informações de maneira geral e também de buscar internamente a tal informação solicitada, pois a disponível é uma curva de resistência x temperatura (contida no material que postarei como informativo)... no papo também fiquei sabendo que a MTE já foi fornecedora de componentes para as montadoras, mas por razões que não vem ao caso, eles hoje estão fora desse mercado e estão se fortalecendo junto ao mercado paralelo, com a mesma qualidade dos componentes fornecidos diretamente para a indústria automotiva."... fecha aspas.

É simples então entender porque a Delphi dá uma "relativa" atenção ao cliente...o forte deles é a indústria... o cliente final fica em segundo plano... :evil: :evil: :evil:

Reparem que no informativo aparece, numa das formas de teste, "cozinhar" o sensor, termostato etc... para conferir sua eficácia...uma coisa é certa: defeitos num sensor NTC, quase sempre serão traduzidos por leituras superiores as que deveria... isso por si só já é um bom sinal, caso contrário, o painel (ou a ECU), mostraria uma normalidade, quando na verdade o caldo já estaria perto de derramar...será este o meu caso?


Bange
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Mensagem por Bange »

Pu..@#%¨@$¨¨Ë%!¨ta..@%$¨¨&(($#%!¨@#@%que..$%¨$#%$""%@$!@¨#pa..&$(!!@#%!%#¨¨%riu..(#¨!%$$(...

Como estão demorando a retornar a questão da tensão dos sensores, resolvi eu mesmo fazer o levantamento.
Mas para isso precisava saber o valor da resistência interna da bateria fornecida pela ECU, já que ela não é ideal... ou seja, em aberto aparece os 5V, mas quando se fecha o circuito a tensão cai de acordo com o valor da resistência do NTC, significando ao menos uma resistência em série para proteção, já que um curto nos cabos não queima a ECU.

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Coloquei um amperímetro entre B e C, e a corrente lida foi de 13,13mA, indicando uma resitência de 380Ohm.
Com um regulador 78L05, simulei a fonte da ECU e com um pot. de fio, a resistência de 380Ohm... e parti pra cozinhar o NTC...(o meu medidor que tem um termopar já veio da ass. téc.)

Circo armado, taquei fogo...temperatura subiu... e com 93°, a tensão foi de 1,8V, e com 98°, foi de 1,6V...como a panela é aberta e com água pura, não se consegue ultrapassar os 100°, a tensão não chegou aos 1,45V, ficando com 1,52V em 99° (não chegou a 100° talvez pela precisão do medidor/termopar).

Já estava me dando por satisfeito com o resistor colocado em paralelo, que baixou a temperatura de trabalho para no máximo 100° na maior velocidade, mas como tive que cortar o fio para o teste, acabei cortando num comprimento errado e parti pra comprar um conector novo, com fio maior...R$ 13,50... como já estava na loja, perguntei o preço dos sensores (da ECU e painel), R$ 32,00 (Delphi) e R$ 21,50 (MTE-Thomson), como não achei caro, comprei os dois...

Como não havia retornado o sensor para o motor, coloquei o novo, liguei o carro e... putz...não é que a ECU ligou a vel. mais baixa com +- 95° (visão painel) e a mais alta com +-98° (visão painel)!!!!!

Agora eu não sei se é um defeito no sensor antigo ou faz parte da tal tolerância de valores, pois a diferença de 4°, pode estar para mais no antigo e para menos no novo... :roll: :roll:... se bem que notei que existe uma folga do material plástico do sensor com o restante do corpo metálico...e isso pode ter ressecado a pasta (de silício?), que proporciona melhor transferência de calor para o componente NTC (Termistor)... depois vou abrir e confirmar...

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Esta nova situação está me fazendo repensar o projeto, pois agora o sistema do carro passou a operar +- conforme o kit verão (mesma faixa), e só me cabe confirmar tudo amanhã e trocar o cebolão para 95°/100°... será que existe? Aí o sistema original passaria a operar como principal e o cebolão como segurança...(original 90/95 e cebolão 95/100). :evil: :evil: :evil: amanhã tem mais cozimento de sensor(res)...


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José Leal
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Mensagem por José Leal »

As vezes o sensor estava desgastado, o que dava problemas de leitura.
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Bange
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Mensagem por Bange »

É, o nome correto em eletrônica é "perda ou alteração das características iniciais", desgastado é mais para perda de material... tipo pastilha de feio... mas no final dá tudo no mesmo, tem que trocar...

No caso eu ainda vou abrir e confirmar, mas acho que houve ressecamento ou vazamento da pasta térmica e não havendo uma boa transferência do calor externo (água), para o NTC, ele irá registrar alguns graus a menos do que a temperatura real da água... se houvesse ao menos a informação da GM, com relação as temperaturas que as ventoinhas ligam e desligam, já dava pra concluir pela própria leitura do painel (se houver precisão razoável...).

Não acho que o teste mostrado pela ATE-Thomson, seja o indicado para concluir, sem sombra de dúvidas, defeito ou não no sensor, pois além dela não fornecer os valores de resistência na faixa de trabalho (85° a 100°), os valores de resistência devido as características do componente, apresentam sempre uma faixa larga e não um valor único ou muito estreito... e também tô achando que descobrir os valores das tensões que a ECU liga/desliga, por si só, também nada concluem em definitivo...veja o meu caso...as tensões foram descobertas, mas a temperatura não correspondia.

O certo mesmo é ter uma tabela, ou curva, onde todos os valores (resistência, temperatura e tensão), são mostrados, isto pelo lado do componente... e também os valores escolhidos pela montadora dentro de tal tabela ou curva...já que dependendo do ponto do sensor no sistema, pode haver uma diferença "acho" que de alguns graus significativos.

O fato é que pra confirmar tudo, o teste da fervura, com termômetro e nas mesmas condições de tensão encontradas no carro, é bem mais conclusivo... alguém ainda vai fazer um equipamento (a exemplo do que testa os bicos), com temperatura controlada e com as possíveis tensões/correntes fornecidas pelas diversas ECU's, mas devido o componente não ter um custo elevado, acho que seria um "luxo"(?), os reparadores continuarão trocando... sem comprovação técnica, mais pelo sentimento ou experiência...mas e se a leitura do painel não estiver razoável??? Ela também pode influir, já que um sensor idêntico é usado...mas e se o problema for no medidor???Aí o pobre proprietário paga o pato (uns R$50,00, dos sensores mais não sei quanto do medidor)...

O plano de manutenção preventiva nada fala além da troca ou completamento da solução do arrefecimento...fala de comprovação de valores com "scaner", mas este não irá identificar um problema de erro na temperatura real, pois depende do mesmo sensor...a MTE-Thomson menciona a manutenção preventiva a cada 30.000Km... mas as montadoras deixam a desejar...

Cheguei agora e vou esperar o motor esfriar pra retirar o sensor e "cozinhar"... depois mostro os ingredientes do prato (receita), e os resultados...


Bange
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Mensagem por Bange »

Tive que dar uma saidinha e agora novamente estou aguardando o motor esfriar, então vamos aos nossos comerciais...

Avaliar a precisão do medidor do painel também é necessário, mas o método é muito complicado, caso não se disponha de alguma informação de corrente, tensão, fundo de escala ou impedância (resistência pros íntimos), do componente...

Qualquer medidor analógico (de ponteiro), é por excelência um Galvanômetro (Amperímetro pros íntimos...), sendo que dependendo do que se quer medir, são agregados diversos componentes e confeccionadas diversas escalas de acordo com o que se quer medir...Ohm para resistência, Amperes para corrente, Volt para tensão, RPM para velocidade, etc...

Abaixo um esquema bem simples de um Amperímetro, onde parte da corrente dos circuito é passada pelo Galvanômetro, calibrado em escala própria. A resistência "R", deve ser calculada para que a maior parte da corrente passe por ela e apenas uma pequena pelo medidor... isto simplifica a construção dele, tornando-o mais barato, leve e mais preciso.Agregando-se componentes como fusível, Zeners e VDR's, dá-se prteção ao medidor.

Imagem

O medidor do painel é basicamente isso e o fabricante (VDO), fornece dados importantes para se analisar...12V de alimentação, 90° com 93,5Ohm e ainda 120° com 40Ohm.

Isso significa que se vc. colocar uma resistência de 93,5Ohm, o ponteiro deverá marcar exatos 90°, caso contrário o medidor estará com defeito... porém ainda não descobri como eles fazem para o medidor mostrar vagarosamente as variações (mesmo em teste),...pode ser pelo uso de algum componente não linear, mas não vou entrar nesse aspecto, o importante é que como medidor ele seja preciso.

Então, pra o teste do sensor do painel, basta esquentar a água e ler o valo Ohmico do sensor, sendo que quando a água chegar a 90°, sua resistência deverá ser muito próxima a 90°.

Bom, o cardápio agora tem dois pratos:

1 - Sensor do painel
2 - Sensor da ECU

plim! plim!


Bange
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Mensagem por Bange »

...erro....

Onde se lê "...sua resistência deverá ser muito próxima a 90°", leia-se 93,5Ohm.


Bange
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Mensagem por Bange »

É... fiz bem em ter comprado os dois sensores...o do painel tava um pouco fora e só pude comprovar cozinhando ele...mas o medidor do painel bateu cravado em 90°, quando coloquei um resistor de 93,5Ohm no lugar do sensor... e encostou lá no vermelho quando coloquei um de 40Ohm.

Vamos a culinária...

Prato 1 - sensor do painel.
Ingredientes: 1 panela de no mínimo 1l d'água, 1 pedaço de arame de cobre (fio desencapado), 1 termômetro no mínimo para 100°, 1 multiteste, 1 sensor do painel.

Preparo: dobrar o fio de modo a permitir a fixação do sensor na superfície da água, sem que o mesmo fique totalmente imerso, conectar um terminal do multiteste (na função de resistência), ao pino do sensor e o outro ao arame, colocar a ponta de leitura do termômetro na mesma região e nível do sensor dentro da panela, adicionar água na panela até o limite da rosca do sensor, ligar o fogo na economia e observar os medidores de resistência e temperatura...rsrsr

Eu filmei com celular, mas ficou um merdelê...aí capturei umas fotos...
ImagemImagem
Sensor velho:
Vejam que quando a temperatura chegou a 90°, a resistência do sensor ainda estava com 109,7Ohm, significando que no painel a leitura ainda não teria chegado aos 90°... conclusão: sensor reprovado.


ImagemImagem
Sensor novo:
Vejam que a leituras foram praticamente exatas... conclusão: sensor aprovado.


Prato 2 - sensor da ECU
Ingredientes: Os mesmos do prato 1, acrescido de 1 fonte de 5VDC (fonte de 12V de um laptop + 1 regulador 78L05, para os 5VDC), 1 potenciômetro de 500Ohm.

Preparo: mexer tudo...eeeerrr...programar o potenciômetro para 380Ohm e ligar em série com a fonte de 5V e o sensor, ligar o multiteste na função de tensão ou volt DC e monitorar a tensão em cima do sensor....vamos as fotos que é melhor...

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Só estranho a temperatura ter chegados aos 99°, e o sensor não ter chegado aos 1,45V, que é a tensão que liga a velocidade alta...mas no carro funcionava... seria o erro do sensor do painel? Só montando tudo e confirmando...

Mas taí...a única maneira de comprovar a eficiência do sensor...

Bom apetite a todos...


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José Leal
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Mensagem por José Leal »

Bem legal os testes!

Só tome cuidado, senão
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Bange
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Mensagem por Bange »

:lol: :lol: :lol: já passei por alguns sustos pardalísticos também...he he he...

Bom, como visto nos testes culinários, o sensor novo baixou a temperatura de acionamento do 1º estágio das ventoinhas (95/96°, mas não gostei do 2º >=99°), e voltei a lançar mão do resistor em paralelo, e assim sendo o projeto sofrerá alteração de ordem... o principal será o original (ficou com 93/94° no 1º estágio e 97/98° no segundo - visão painel), e o secundário será o cebolão (x?/100°).

Estou aguardando retornos da Wahler, MTE-Tomson e Delphi sobre as características dos termo interruptores, pois o segundo da Wahler apresentou o mesmo problema do primeiro, ou seja, a peça interna de material plástico também deformou...e em menos tempo... :roll: :roll: :roll:


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