Outubro de 2003 - Revista Quatro Rodas - Número 519

Nesta seção, recuperamos a história e a evolução do Chevrolet Corsa através das reportagens veiculadas na mídia especializada. Aqui, você fica sabendo tudo a respeito do carro no ponto de vista de quem entende do assunto. Podem ser encontradas aqui desde reportagens mais antigas até as mais recentes, com todas as informações que foram registradas durante a existência do Corsa. E, cá para nós, foram muitas as atenções prestadas pela mídia ao nosso querido carro.
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Wilson
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Outubro de 2003 - Revista Quatro Rodas - Número 519

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Ela veio para brigar

Cabine maior, mais capacidade de carga e três anos de garantia para motor e câmbio
são os principais argumentos da picape para enfrentar a concorrência

Por Adriano Griecco
Fotos: Ricardo Rollo


Desde o lançamento do novo Corsa, em abril do ano passado, os picapeiros de plantão aguardavam a versão utilitária do compacto. Nesse quase um ano e
meio entre desenvolvimento e apresentação -- a Strada veio sete meses depois do Palio -- chegou-se a cogitar que a Montana não seria derivada do Corsa
mas sim do Celta. A demora, segundo a fábrica, não está relacionada a problemas durante o projeto, porém ao calendário de lançamentos da GM. É bom
lembrar que entre a chegada dos dois modelos ela ainda lançou a Meriva, também derivada do Corsa, e o novo Astra.

Pelas fotos já dá para imaginar que a missão da Montana é se aproximar da Strada -- e se possível ultrapassá-la. Vale adiantar que não haverá versões
com cabine estendida. Segundo a GM o conceito "Max Cab", adotado na Montana, tem a melhor relação entre capacidade de carga e espaço interno, graças à
maior distância entre-eixos: são 2,71 metros contra 2,48 na picape Corsa. No total, a nova picape é 37 centímetros maior que a antecessora.

De fato a cabine é espaçosa e até os mais altos não têm problemas para achar a posição ideal ao volante -- os bancos têm regulagem de altura na versão
Off Road. Quanto àquele espacinho atrás dos bancos, saiba que ele é mais que suficiente para levar uma mochila ou pequenas caixas. Mas nada comparável
ao espaço da Strada com cabine estendida. Ainda no interior, o visual e o acabamento seguem o padrão da família Corsa, com predominância de plástico
cinza e pequenas falhas de acabamento, percebidas no encaixe de algumas peças do painel.

Se por dentro ela lembra o Corsa, externamente essa afirmação só é válida se a picape estiver de frente. E apenas na versão básica, que leva o mesmo
pára-choque do hatch. As linhas da Montana foram um dos últimos trabalhos de David Rand, ex-diretor de design da GM Brasil e que agora ocupa o cargo
de diretor do departamento de estilo da marca, na matriz, em Detroit. Responsável pelo design de Corsa, Corsa Sedan e Meriva, ele teria deixado o
projeto pronto, ficando a cargo de Carlos Barba, o atual chefe do departamento, os acertos finais.

Entenda-se aí os adereços estéticos, como os detalhes da versão Off Road. Nela, o pára-choque dianteiro tem um quebra-mato que sustenta dois faróis de
neblina. O conjunto óptico recebeu uma máscara preta, que acompanha o formato dos refletores.

E, a exemplo do que acontece na Strada Adventure, a Montana tem protetores plásticos nos pára-lamas e estribos laterais. Na tampa traseira, a
influência veio de outro fabricante. Em vez do tradicional Chevrolet por extenso, como é na S10, a Montana ostenta o logotipo da marca, assim como a
Saveiro. Novidade mesmo são as lanternas com dois círculos -- no mais alto ficam a lanterna e a luz de freio e no outro a luz de ré e as luzes
indicadoras de direção --, o "step side", uma espécie de degrau próximo ao pára-lama traseiro, a exatos 55 centímetros de altura do solo, e o
santantônio, que fica acoplado na caçamba.Eis aí um dos pontos fortes do veículo. Entre as picapes pequenas, a Montana é a que tem maior capacidade de
carga, levando até 735 quilos. São 35 quilos a mais que uma Courier e que uma Saveiro 1.6 e 30 a mais que uma Strada 1.8 cabine simples.

Mas a Montana fica devendo o protetor plástico da caçamba, que é vendido em concessionária por 500 reais. Na Saveiro e na Strada o item é de série. A
Montana vem apenas com o motor 1,8 litro Flexpower, que trabalha tanto com álcool (109 cavalos) como com gasolina (105 cavalos). A opção por utilizar
apenas esse motor se justifica pela confiança depositada pela GM na tecnologia bicombustível, a exemplo do que já aconteceu com o Corsa. Em relação ao
irmão, a Montana tem alterações na relação de diferencial, que passou de 3,94:1 para 4,19:1. Tal mudança tem como objetivo prover a picape de mais
força quando carregada.

Ao volante -- e com a caçamba vazia --, a impressão é a de que se está dirigindo um Corsa. Prova disso está na proximidade dos números de desempenho.
Comparando a aceleração de 0 a 100 km/h com o Corsa Flexpower, medido em julho deste ano, a vantagem para o hatch é de apenas sete décimos – a Montana
realizou o teste em 12,3 segundos. Na máxima, a barreira aerodinâmica causada pelo quebra-mato e pelo santantônio impediu que a picape fosse além dos
164 km/h, 7 km/h mais lenta que o irmão.

Na hora de fazer curvas, a diferença em relação ao Corsa também é pequena. Na dianteira, a GM manteve o conjunto McPherson, utilizando apenas uma
calibragem mais rígida de molas e amortecedores, tendo em vista a vocação trabalhadora da Montana. Na traseira, mais requisitada na hora de
transportar carga, a marca utilizou uma viga de torção com molas helicoidais.

E o esforço para tornar a picape competitiva não se restringiu à área técnica. Também o pessoal de pós-venda foi envolvido. Quem comprar a Montana
terá garantia de fábrica de um ano sem limite de quilometragem e mais dois anos (além do primeiro) de garantia para motor, câmbio e todos os sistemas
elétricos envolvidos nesses dois componentes. E a garantia é exclusiva à picape. Mas para ter direito a ela o cliente deverá fazer revisões --
gratuitas -- de seis em seis meses nas concessionárias da marca

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A dianteira tem os traços do Corsa

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As lanternas traseiras inauguram a moda dos círculos na marca e a posição e o tamanho do logo lembram a Saveiro.

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Batizado de "Step Side", o degrau ajuda um bocado o acesso à caçamba.

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A caçamba é a maior da categoria, com volume de 1143 litros e pode levar até 735 quilos.

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Com 105 cavalos, o 1.8 Flexpower é a única opção de motor.

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A foto do interior poderia ter sido tirada em um Corsa.

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Ficha Técnica

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Números do teste

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