cuidado al abastecer ou chipar para alcool

Aqui você pode tirar dúvidas sobre motores em geral, injeção eletronica, preparação (Turbo, Nitro, Blower), etc.
Responder
lllllllllllllllllll
:: Piquet ::
Mensagens: 398
Registrado em: Terça-feira 24 2008f Junho 2008 07:40:25 PM
Localização: São Paulo - SP
Modelo do veiculo: CORSA (DEMAIS)
Ano de fabricação: N/I

cuidado al abastecer ou chipar para alcool

Mensagem por lllllllllllllllllll »

amigos do corsa clube achei esta materia muito interessante para aqueles que tem em seu corsa a gassolina o famoso chip de converssão para alcool veja so o que pode acomtecer com so pistões no final desta materia

Perigo ao abastecer - 2ª parte
Neste segundo artigo tratando dos cuidados na hora de escolher o combustível que irá dentro do tanque do seu carro, temos mais uma vez como objetivo alertá-lo dos principais riscos à integridade do seu patrimônio, no caso o seu carro. Duas práticas vêm se tornando bastante comuns por muitos motoristas, sem que eles imaginem as consequências futuras que poderão ter. É por estas razões que mais uma vez o Envenenado viu a necessidade de nos aprofundarmos no assunto abastecimento.


Muitos proprietários de veículos movidos à gasolina estão colocando álcool como combustível. A grande maioria não sabe que danos este ato pode provocar no motor. Como a gasolina de hoje já contém álcool misturado na proporção de 26%, alguns motoristas estão abastecendo completamente com álcool e achando que vão economizar alguns reais na hora de encher o tanque. De certa forma a economia no momento do abastecimento é brutal, mas a vantagem acaba por aí.

O que acontece é o seguinte, quando você utiliza álcool em um veículo movido à gasolina há uma perda de 40% para produzir a mesma energia (potência), ou seja, um motor que roda com álcool tem que injetar em média 40% a mais de combustível do que um motor movido a gasolina. Isto acontece, porque a gasolina tem maior poder calorífico. Assim se você utilizar álcool em um veículo projetado para uso de gasolina, a central eletrônica do carro reconhece a necessidade de injetar mais combustível, simplesmente pelo fato do álcool ter um menor poder calorífico e com isso aumenta o tempo de injeção para tentar corrigir essa falha.

Mas o "problema" não pára aí, já que os bicos injetores têm uma capacidade limite para injetar combustível, variando de carro para carro, mas que na maioria dos modelos, tem no caso da injeção de álcool ao invés de gasolina, seu limite atingindo, mesmo que a necessidade de se injetar mais combustível não tenha sido atendida, já que o bico injetor não foi projetado para esta utilização. Assim, o carro passa a rodar com a mistura pobre (pouco combustível em relação ao ar), pois a quantidade de combustível injetada não é suficiente para produzir uma boa queima e a consequente energia que a gasolina produz.



Pistão danificado por trabalhar em regime de mistura excessivamente pobre


Com isso podem ocorrer problemas em um motor a médio prazo, como depósitos de sedimentos nas válvulas e cabeças de pistões e conseqüentemente mais tarde falhas na vedação de válvulas. Ainda pode-se ter anéis engripados e desgaste prematuro dos cilindros e em alguns casos a fundição dos mesmos. Ou seja, a economia que você está fazendo na hora de abastecer seu carro, não compensa os gastos e aborrecimentos que futuramente você terá com o motor do carro.

Há algumas oficinas que colocam chips que alteram o sensor de temperatura do motor, com isso o tempo de injeção é maior. O truque é fazer com que o carro trabalhe como se estivesse com o motor sempre frio, a fim de que a injeção injete mais combustível. Mas isto não é o suficiente e para você rodar com álcool, não basta só colocá-lo no tanque e adotar um truque ou outro, é necessário que haja uma transformação criteriosa, e adequar a injeção para o funcionamento do motor com o novo combustível.

O certo é mudar ou alterar a capacidade de vazão dos bicos, trocar as velas e fazer um remapeamento no sistema de injeção, colocar um reservatório para partida a frio e verificar a taxa de compressão do motor do seu carro, pois se for muito baixa não seria aconselhável. Neste caso a única solução seria aumentar a taxa do motor, o que inevitavelmente acarretará em um custo bem elevado para a conversão em veículos equipados com injeção eletrônica.

O segundo caso, é a prática apelidada popularmente de "rabo de galo", que nada mais é do que a mistura de álcool e gasolina, e que tem se tornado freqüente no interior de São Paulo e da mesma forma que no abastecimento com apenas álcool. Os problemas que vem como consequência deste tipo de abastecimento, embora possam ser em algumas circunstâncias diferentes do primeiro caso, da mesma forma provocarão sérios danos ao veículo.

Muitos motoristas não sabem que o álcool hidratado pode conter até 7,4% de água na sua composição. Já a gasolina comum não contém água e sim 25% de álcool anidro (sem água), o que produz outro efeito bem diferente. Agora, quando o motorista faz o "rabo de galo", ele está adicionando à gasolina, álcool hidratado (que contém água). A presença de água provoca uma instabilidade na composição e pode separar a mistura em duas fases: álcool-gasolina e álcool-água.

O que muda com isso é que o processo de separação "retira" parte do álcool anidro da gasolina que foi misturada como aditivo. Esta retirada de álcool da gasolina reduz a octanagem da gasolina comum e provoca perda de potência e aumento de consumo, podendo causar ainda a chamada "batida de pino". Como se o problema não fosse bastante sério, no final do tanque, você estará rodando apenas com álcool, devido a sedimentação do álcool que é mais denso.

Vale destacar ainda que o motor que foi desenvolvido para gasolina comum passa a utilizar um combustível contaminado com água. A presença da água causa danos ao filtro e à bomba de combustível e provoca corrosão nas partes metálicas do sistema de alimentação, principalmente desgaste nos bicos injetores e todos os demais problemas que você teria se usasse um combustível adulterado (e na verdade é) e abordados no artigo anterior. Além disso, o "rabo de galo", por ter um poder energético menor do que a gasolina comum, aumenta consideravelmente o consumo de combustível.

Portanto, seja abastecimento completo com álcool (em carro a gasolina) ou "rabo de galo", a verdade é que tanto em um, como no outro caso a idéia de benefício é apenas momentânea, até que você tenha que parar seu carro por um problema causado por um destes pequenos "truques"!


Imagem
GSI T
:: ST ::
Mensagens: 991
Registrado em: Domingo 06 2006f Agosto 2006 10:55:19 PM
Localização: Atibaia - SP
Modelo do veiculo: CORSA (DEMAIS)
Ano de fabricação: N/I
Contato:

Mensagem por GSI T »

Legal o texto, só uma gafe do cara que escreveu isso... se vc converter o carro pra alcool no chip (o que eu particularmente não recomendo) ou substituido os injetores e só, voce não tem que trocar as velas. O que determina um grau térmico da vela é a taxa de compressão não o combustível, portanto em quase todos os casos não é necessário a troca das velas.
Abraços.
GSI T 392cv
RS2 472 cv
Na dúvida acelere!!!
Vinicius Araujo
:: Millennium ::
Mensagens: 115
Registrado em: Domingo 18 2008f Maio 2008 11:31:30 PM
Localização: São Paulo - SP
Modelo do veiculo: CORSA (DEMAIS)
Ano de fabricação: N/I

Mensagem por Vinicius Araujo »

Embora à longo prazo possa prejudicar, muitos vendem e muito bem seus chips, como o Leonardo e outro cara aqui do fórum, com certeza eles sabem dessas variáveis, e é uma questão óbvia visto a taxa de compressão.
Rorion
:: Sport ::
Mensagens: 1010
Registrado em: Quinta-feira 28 2006f Setembro 2006 12:09:28 PM
Localização: Rio de Janeiro - RJ
Modelo do veiculo: CORSA WIND 1.6 MPFI 4P
Ano de fabricação: 2002

Mensagem por Rorion »

Converteu à alcool carro concebido a gasolina é preciso acompanhar:

1) Como está a mistura: ligar um multímetro na sonda ou instalar um hallmeter para acompanhar a mistura. Pisar fundo vindo de terceira a 2000 RPM até 6000 RPM e ver qnto marca. Informar seu preparador

2) trocar bomba para uma à álcool ou flex;

3) Passar a trocar filtro de combustével a cada 5000 km.

4) Depois daquelas limpezas de bico constantes de início de conversão (afim de limpar resíduos que porventura desprenderam do tanque rodado na gasosa)Fazer limpeza de bico anual, além de conferir a limpeza, testar vazão e ver seu estado. Se estão aguentando rodar no álcool sem corrosão (por via das dúvidas) . Eu estou a quase 2 anos rodando 100% álcool chipado, já limpei bicos umas 4 vezes não pelo carro estar com baixo rendimento, fiz por desencargo de consciência para ver estado dos bicos originais a gasolina. Em todas as limpezas, o estado, vazão, leque estavam perfeitos e equalizados.

Agora estou esperando passar 1 ano para fazer a limpeza dos bicos, claro, se o carro apresentar alguma irregularidade de baixo rendimento, limpo antes, mas o objetivo é ver o estado do bico quanto a algum dano de material.(desencargo de consciência).
Estou um pouco mais tranquilo qnto a isso pois instalei um hallmeter com sonda exclusiva 4 fios lá no coletor ao lado da sonda original. Onde dá para monitorar a mistura, se perceber o seu empobrecimento, tem algo de errado (bicos sujos, filtros ou pré-filtro saturados, bomba querendo pifar, etc)
Como carro anda com bicos originais porém o preparador me garantiu que os mesmos alimentam bem o corsinha, sei que eles trabalharam nas folgas que a fábrica deu, ou seja, convertido não terá mais as folgas tão largas como estavam. Então um filtro de combustível que na gasolina roda 20.000 km no meu carro convertido à álcool esse mesmo filtro pode saturar com 5000 km ou menos, dependendo do estado do álcool dos postos onde vc abasteça.

Acho que tomando esses cuidados de manutenção rigorosa em dia, em conjunto com uma boa conversão (chip bem acertadinho) e claro um carro a gasolina que tem boa adaptabilidade de conversão à álcool (meu corsa MPFI 1.6 8V é um exemplo) , vc não esquentará a mufa em ter pistão derretido, sede de válvula entortada e etc.
overspeed
:: Millennium ::
Mensagens: 182
Registrado em: Quarta-feira 12 2008f Março 2008 04:22:54 PM
Localização: São Paulo - SP
Modelo do veiculo: CORSA (DEMAIS)
Ano de fabricação: N/I

Mensagem por overspeed »

Isso aí Royler... sabendo quais os critérios, a conversão via chip atende bem em boa parte dos casos...
Responder
  • Tópicos Semelhantes
    Respostas
    Exibições
    Última mensagem

Voltar para “Motor e Preparação”