GM do Brasil ajuda a desenvolver Hummer H3T

[Eduardo Sauner]

A nova picape Hummer H3T, apresentada há dois meses no Salão de Chicago (EUA), foi desenvolvida com a participação do Centro de Engenharia Global da GM no Brasil. O veículo faz parte do trabalho de integração entre os cinco centros de referência de Engenharia da Corporação, entre eles o de São Caetano do Sul (SP).

Parte do desenvolvimento do modelo ocorreu no Campo de Provas da Cruz Alta, em Indaiatuba (SP), que também responde pela "federalização" de outros modelos da empresa, comercializados em vários mercados, além do Brasil, como o Opel Astra, Saturn Astra e o Hummer H3G. "Federalização” significa preparar um veículo fabricado em um determinado país para que ele possa rodar em outros mercados em termos de nível de emissões de poluentes, especificações de motor, calibragem de suspensão e validação, entre outros aspectos.

Exemplo disso é a capacidade da engenharia brasileira de "federalizar" aqui um veículo de origem norte-americana para rodar em países com mão inglesa, ou seja, com volante do lado direito, como os de Grã Bretanha, África do Sul e Japão.

"Esse trabalho está inserido no intercâmbio de informações e tecnologia cada vez maior entre os centros de engenharias globais da General Motors espalhadas pelo mundo. Esse é apenas um dos muitos programas que participamos no Centro Tecnológico de Engenharia Global no Brasil, com vistas a desenvolver veículos para rodar em qualquer país", afirma Pedro Manuchakian, vice-presidente de engenharia da GM LAAM, que engloba a América Latina, África e Oriente Médio.

A Hummer H3T apresentada em Chicago estará à venda como modelo 2009 nos mercados dos EUA, da Europa e do Oriente Médio a partir do segundo semestre. Produzida em Shreveport, nos EUA, a picape será oferecida apenas com tração integral nas quatro rodas e motor de cinco cilindros ou oito cilindro em "V" de 300 cv (cavalos) de potência. A cabine dupla comporta cinco ocupantes, e a caçamba tem 1,5 metro de comprimento, capaz de levar até duas motocicletas.

O projeto de intercâmbio começou em 2006, na área de engenharia avançada na matriz da GM em Warren, Michigan (EUA). A General Motors do Brasil enviou 15 engenheiros para fazer a definição inicial do veículo. Essa fase durou três meses, quando o projeto inteiro foi transferido para o Brasil para o desenvolvimento e validação.

A GM do Brasil participou desde conceituação e projeto até desenvolvimento e validação. Atualmente os engenheiros da GM brasileira são responsáveis pelo suporte à fábrica de Shreveport, onde o veículo será fabricado e de onde já saíram as primeiras unidades-piloto produzidas na linha de montagem no final de janeiro. O projeto todo envolveu cerca de 200 engenheiros e técnicos nas fases de pico do projeto, de diversas nacionalidades, principalmente brasileiros, seguidos de norte-americanos.


Fonte:
http://www2.uol.com.br/interpressmotor/ ... m22309.shl

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