Pessoal,
Estou abrindo esse tópico para passar uma experiência e colocar o assunto em discussão.
Muitas indicações de montadoras são baseadas, claro, em testes de uso e que não levam em consideração algumas questões como o conhecimento do usuário e algumas técnicas em mecânica, elétrica, etc...e não estão errados, pois o universo de usuários com algum conhecimento realmente é muito pequeno, não fazendo sentido em considerar essa parcela e também pelo fato de quanto menos informar, mais eles faturam.
No caso de velas, algumas orientam a troca aos 25, 30 ou 40mil Km...mas por que trocar?
Bom, com esta quilometragem certamente as velas já apresentarão algumas das características necessárias para a substituição (fim de vida, desgaste do eletrodo, ruptura de isolante, deposição de chumbo, etc...).
Se nenhuma causa que altere as características da vela ocorrer, por que trocar?
Carbonização oleosa ou não, resíduo de chumbo ou outras impurezas, afastamento por desgaste dos eletrodos, alteram a característica da vela, mas não são defeitos da vela... e se forem resolvidos?
Os usuários, orientados pelo manual, trocam as velas na quilometragem indicada e ponto final...mas se analisarmos as velas em intervalos inferiores a 30.000Km, poderemos descobrir problemas como o uso de combustível alterado, filtro de ar sujo, vazamento de óleo, ponto de ignição errado, etc.
Como tenho algum conhecimento, ferramental e algum instrumental, nas minhas revisões a cada 10.000Km, sempre inspeciono, limpo, meço e se necessário corrijo a distância dos eletrodos...faço o mesmo quando algum sintoma sinaliza a possibilidade de problemas com a ignição, como hoje.
Fazem alguns dias que percebo o carro falhando ao iniciar o movimento e com a ML um pouco diferente do normal...ao inspecionar as velas pela cor (amarronzada e seca), percebo que nada ocorreu de anormal com a queima, porém limpei ( com disco de cerdas de aço na furadeira), medi suas características e recalibrei a distância dos eletrodos...o carro voltou ao normal e com aquela saúde...
Sempre que não consigo repor as condições ideais da vela ou elas saem das suas especificações, elas são trocadas, e isto eleva o tempo ou quilometragem para a troca (já tive uma Belina em que o mesmo jogo de velas passou de 60.000Km).
Causas e sintomas > http://motorsa.com.br/velas-de-ignicao-quando-trocar/
Mas quasis são as características de uma vela?
1- Resistência de isolação do eletrodo (>50M Ohm*)
2- Resistência do próprio eletrodo (de 3 a 7,5K Ohm*)
3 -Afastamento dos eletrodos (de 0,8 a 0,9mm**)
* dados da NGK - ** dados da montadora
Ou seja, se as condições acima estiverem normais e os eletrodos em bom estado ou recuperável, não vejo razão para troca...assim como os cabos:
Sem vazamentos ou efeitos flash over e faixa de resistência de: (NGK)
1º cilindro > 2,89 a 4,29 KOhm
2º cilindro > 2,39 a 3,56 KOhm
3º cilindro > 1,74 a 2,62 KOhm
4º cilindro > 1,09 a 1,69 KOhm
Obs.: Corsa 1.6 8V MPFI/97 > Vela BPR6EY-D / BPR6EY e cabo SC-G73
Claro que uma avaliação prática ou dinâmica após a manutenção é sempre necessária e mesmo que as condições sejam atendidas, porém não os resultados, a troca é inevitável.
Portanto, a meu ver, não é o tempo e nem a quilometragem que definem a troca de velas e cabos, mas sim a perda de suas características estáticas ou dinâmicas.
Velas e cabos...quando trocar?
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- :: Wind ::
- Mensagens: 12
- Registrado em: Terça-feira 24 2015f Novembro 2015 04:33:13 PM
- Localização: São Bernardo do Campo - SP
- Modelo do veiculo: CORSA HATCH MAXX 1.4 ECONOFLEX
- Ano de fabricação: 2008
Falando em troca de velas, sei que é simples
Um mecânico trocou as velas do carro, porém utilizou a parafusadeira pneumática, tem algum problema ?
Estou meio receoso por ter aperto em excesso.
Um mecânico trocou as velas do carro, porém utilizou a parafusadeira pneumática, tem algum problema ?
Estou meio receoso por ter aperto em excesso.
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- :: Moderador ::
- Mensagens: 4644
- Registrado em: Terça-feira 29 2013f Outubro 2013 07:47:34 PM
- Localização: Rio de Janeiro - RJ
- Modelo do veiculo: CORSA WAGON GLS 1.6 MPFI
- Ano de fabricação: 1997
Bom, existe um valor de torque correto para o aperto...se tal torque foi programado na parafusadeira pneumática, tudo bem, no caso de menor poderá ocorrer fuga da pressão no momento da explosão, oxidação, etc...se maior (dependendo de quanto), pode ocorrer a ruptura dos fios da rosca...o famoso "rosca espanada" ou danos a vela.
Mais detalhes em > http://www.oficinabrasil.com.br/hotsites/gm/fev11.pdf ou https://youtu.be/ZNVufzwXf7w?t=96
Mais detalhes em > http://www.oficinabrasil.com.br/hotsites/gm/fev11.pdf ou https://youtu.be/ZNVufzwXf7w?t=96
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